Um estudo genético realizado com mais de 2.000 cães revelou que a raça por si só não é um bom indicativo do comportamento de um cachorro, dissipando o mito de que pitbulls são obrigatoriamente agressivos e pastores alemães são necessariamente obedientes.
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Para o estudo, os especialistas usaram uma associação de todo o genoma para encontrar variações genéticas comuns que preveem características comportamentais em 2.155 cães de raça pura e de raça mista, com dados de 78 raças no total.
Combinando esses dados com 18.385 dados de características e comportamentos de cães que são relatados pelos donos, os pesquisadores descobriram que, enquanto 11 loci genéticos estavam intimamente ligados ao comportamento, nenhum deles era específico para a raça.
Os resultados sugerem que a raça é responsável apenas por nove por cento da variação comportamental em cães individuais. Por outro lado, o estudo descobriu que a idade ou o sexo de um cão eram melhores indicativos de comportamento.
“A maioria dos comportamentos que consideramos características de raças de cães modernas específicas provavelmente surgiu de milhares de anos de evolução de lobo para canino selvagem e cão domesticado, e finalmente às raças modernas”, disse Elinor Karlsson, coautora do estudo, em um comunicado à imprensa.
“Essas características hereditárias são anteriores ao nosso conceito de raças modernas de cães em milhares de anos”, acrescentou a geneticista. O estudo, realizado pelos pesquisadores da Escola de Medicina Chan da Universidade de Massachusetts, será publicado em breve na revista científica Science.